A Fronteira entre o Sonho e a Realidade

Um desses dias de maio/2010, estava chegando à universidade e recebi um panfleto confeccionado (click e veja o panfleto) pelos  amigos do centro de humanidades que me fez mais uma refletir não somente sobre o meu papel como Pós-Graduando, como também no de todos aqueles responsáveis pela educação em nosso país, seja na Universidade, seja nas escolas primárias ou em qualquer outra instituição. O panfleto relata uma diversidade de mazelas sociais, objeto de estudo da teoria acadêmica, que na prática passam despercebidos por profissionais da educação e estudantes universitários. "Cadê os psicólogos, sociólogos e os demais estudantes/profissionais dos cursos do Centro de Ciências Humanas, que se formam nas Universidades Públicas? Parecem seres invisíveis! Mesmo quando Presente há indiferença"... diz o texto. Essa é uma questão bastante polêmica, que envolve não somente os Centros de Humanidades do nosso país, mas também os núcleos universitários envolvidos nas áreas dos conhecimentos exatos e biológicos. Meu objetivo não é esmiuçar todas às complexas questões que esse modesto documento pode resultar numa profunda análise. Pois, num extremo, poderiam existir aqueles indivíduos capazes de colocar esse simples papel num quadro com moldura folheada a ouro e também os que queimariam e jogariam num buraco em direção ao inferno. Quero apenas trazer algumas questões envolvendo a velha relação teoria/prática na educação. Como seria mais interessante um ensino onde o aluno pudesse "apalpar" de maneira significativa o objeto de suas reflexões. Como seria o estado de ânimo do aluno e, até mesmos profissionais, que por meio de uma luta real, trabalha e resolve as suas verdadeiras questões internas? Ganharia o indivíduo, a sociedade e o sistema educacional como um todo.
Que essa questão é complexa todos nós sabemos. Mas sempre é válido uma leve reflexão sobre o assunto, apesar de que na prática não possamos resolver as coisas com a facilidade de que são solucionadas no papel. Sempre é bom olhar em volta bons exemplos que possam nos estimular a ser um pouco melhores. Dentre os vários exemplos, vou deixar aqui uma sugestão de filme, baseado em fatos reais, que tive a oportunidade de assistir esses dias. Chama-se, em português, "O Triunfo" (The Ron Clark Story, 2006). Trata-se de um professor da zona Rural da Carolina do Norte que se muda para Nova York e escolhe trabalhar com uma turma de difíceis pré-adolescentes de vida bastante sofrida e de futuro incerto. A vontade de transformar, o esforço de compreender o educando, o trabalho direto nos reais problemas de cada jovem, o envolvimento com cada aluno, foi capaz de resultar numa conquista inimaginável. Isso foi porque ele investiu num começo diferente que proporcionou auto-estima e interesse do educando. 

Direção: Randa Haines

» Roteiro: Annie deYoung, Max Enscoe
» Gênero: Drama
» Origem: Estados Unidos
» Duração: 120 minutos
» Tipo: Metragem indefinida/Direto para TV
» Site: clique aqui





Régis Siqueira
Espero que apreciem o filme